Companheiros (as) bom dia,
Conforme o comunicado Ultragaz Express, a empresa mudou a regra do plano de saúde a partir de 1º de junho de 2013, após resistir por vários anos, decidiu permitir que as empregadas possam incluir o marido como dependente no plano de assistência médica e odontológica, sob o argumento de que essa é uma ação que busca padronizar os benefícios na empresa e está alinhada com as iniciativas relacionadas à qualidade de vida dos empregados e de suas famílias.
Ocorre que a empresa como sempre omitiu nos seus comunicados e nesse não está sendo diferente, que os Sindicatos é que reivindicaram a inclusão desse direito e, mais uma vez tenta caracterizar que essa atitude é uma liberalidade da empresa, o que não é verdade. Na verdade a empresa não age com transparência ela coloca a medalha no seu próprio peito e não assume que existe outros atores importantes nesse contexto, como por exemplo, tenta anular a participação dos Sindicatos e da categoria que foram fundamentais para que essa mudança ocorresse, assim como fez quando da implantação da campanha de vacinação contra a gripe que omitiu a reivindicação dos Sindicatos.
Se a Ultragaz está de fato preocupada com os empregados e empregadas como tenta demonstrar, porque não atendeu a nossa pauta de reivindicações sobre o plano de assistência médica e odontológica, para que nos casos de internação hospitalar seja permitida a opção pela acomodação em quarto individual/apartamento, para os empregados, empregadas e dependentes legais e agregados, que já existe essa cláusula no Acordo Coletivo de Trabalho, mas que por capricho da empresa, seus representantes não aceitaram a atualização da data de validade desde o ano de 2004, porém, é bom que se diga para deixar registrado, que a empresa continua concedendo esse benefício aos empregados que ocupam cargos de confiança, menos para os empregados que ocupam cargos de Operador I, II, II, IV; Balanceiro, Qualificador, Operador de Armazenamento de GLP, Conferente, Ajudante de Ultrasystem, Ajudante de entrega Industrial Envasado, Motorista, Auxiliar Administrativo, Assistente Administrativo, Mecânico de Manutenção, Mecânico de Veículos, Vigilante Patrimonial, Auxiliar de Segurança, Líder e outros. Onde está a preocupação da Ultragaz com qualidade de vida dos empregados e de suas famílias nesse caso?
Temos que usar a mesmo argumento sobre o Auxílio Creche, o qual tem feito parte das diversas pautas de reivindicações que apresentamos para a empresa nos últimos anos, onde o que pedimos é apenas a equiparação das condições de concessão desse benefício aos empregados e empregadas da Ultragaz, nas mesmas condições praticadas na Utingás, ou seja, que a empresa reembolsará suas empregadas (os), mensalmente, até o valor de R$ 583,25 (quinhentos e oitenta e três reais e vinte e cinco centavos), a título de auxílio creche, limitado até o 36º (trigésimo sexto) mês de idade de cada filho (a), mediante comprovação, a exemplo do que é praticado pela Utingás:§ Único – A Empresa concederá também às suas empregadas, durante o expediente normal duas horas diárias acertadas com a chefia, para amamentação de seus filhos até que estes completem 06 (seis) meses de vida. Fica a pergunta no ar para resposta da Ultragaz.
Porque a Utingás que é uma empresa do Grupo Ultra, que apenas armazena o GLP, com uma margem bem inferior à margem da Ultragaz por quilo, pode conceder esse benefício aos empregados e empregadas e a Ultragaz não. Onde está a preocupação da Ultragaz com qualidade de vida dos empregados e de suas famílias nesse caso?
Enquanto sindicalistas, temos que esclarecer os empregados e as empregadas, que se não fosse a atuação dos Sindicatos e da categoria que apresentaram essa reivindicação de inclusão do cônjuge nas pautas de reivindicações dos últimos anos, nada disso estaria acontecendo, a Ultragaz nega a reivindicação na mesa de negociações, mas copia a nossa ideia e coloca em pratica unilateralmente, não adianta a empresa tentar anular a participação dos Sindicatos nessa conquista, pois essa atitude somente servirá de estimulo para nos fortalecer ainda mais e nos motivar para continuarmos lutando pelo que a categoria necessita, se a empresa desse mais atenção às nossas pautas de reivindicações, esse malfadado argumento utilizado de que a empresa está alinhada com as iniciativas relacionadas à qualidade de vida dos empregados e de suas famílias, não soaria tão mal, pois tem caráter de uma postura demagógica, oportunista e individualista, o crédito deve ser dado a quem tem, nesse caso as Entidades Sindicais, a categoria e a Ultragaz. Essa é mais uma vitória da luta persistente dos trabalhadores e trabalhadoras da categoria e das Entidades Sindicais.
Saudações Sindicais,
Valter Adalberto
Presidente